terça-feira, fevereiro 28, 2012

O Luto. O esquecer.

Julianne Moore


É preciso aceitar. Digerir. E seguir em frente para ultrapassar as coisas mais difíceis.
Tentar esquecê-las ou evitá-las é mais uma forma de as adiar. Elas voltam, se não as deixarmos partir devidamente.
"Como se esquece? Devagar. É preciso esquecer devagar. (..) A primeira parte de qualquer cura é aceitar-se que se está doente. O pior é que vivemos tempos imediatos em que já ninguém aguenta nada. Ninguém aguenta a dor. De cabeça ou de coração. Ninguém aguenta estar triste. Ninguém aguenta estar sozinho. Tomam-se conselhos e comprimidos. Procuram-se escapes e alternativas. Mas a tristeza só há-de passar entristecendo-se. (...) Quem procura evitar o luto, prolonga-o no tempo e desonra-o na alma. (...)
É preciso aceitar esta mágoa esta moinha, que nos despedaça o coração e que nos mói mesmo e nos dá cabo do juízo. É preciso aceitar o amor e a morte, a separação e a tristeza, a falta de lógica, a falta de justiça, a falta de solução." (Miguel Esteves Cardoso)
E só assim, para depois se conquistar o sorriso mais puro, sem sombras nem falsidades.

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